Vida.
Quando tuas costas vi.
E a porta bateu.
Quando o silêncio se fez.
E mais uma lágrima correu.
Morri.
Fechei-me naquele mundo perverso.
Onde nada tem sentido ou existe.
Em que tudo é ilusão mas resiste.
Onde em nada acredito e a dor subsiste.
Morri.
Quero tanto tuas mãos.
Teu olhar e tua boca.
Quero teu corpo sorvendo-me a alma.
Quero-te Vida.
Sem ti.
Morri.
E o óbvio depressa se tornou realidade...
Fizeste de mim farinha do mesmo saco.
Quiseste que apenas acenasse consentindo.
Prendendo-me a fala e a cabeça para não mais negar.
Outra vez acontece.
Tomada como dado adquirido.
Como se já não precisasse de um carinho.
E a garganta aperta de tanto soluçar.
E os olhos escondem lágrimas de amar.
E o coração dói de tanto bater.
E o útero encolhe com medo de te perder.
Estou cansada e caio...
Vou caindo...
Lenta e calmamente.
Quebrando pacientemente cada um dos meus apoios.
Era tua eu.
Era.