Achei que minha alma mais não sangraria.
Assim meu corpo em sangue se transformaria.
Achei que já era o quanto baste.
Assim nunca mais me magoaste.
Queria fugir e gritar.
Gritar pelo Mundo fora o que fizeste.
Fugir do quanto ainda existes.
Acabar com tua vida e minha e não mais morrer.
Corre lagrima ressentida...corre.
Toca minha faces gélidas e lábios podres.
Quando chegares ao queixo...se chegares...
Cai em meu peito e sente o bambolear quase inexistente de meu coração.
Estou cansada de correr e fugir.
riste por escalar e nunca subir.
Sorrisos inertes e palavras hipócritas.
Reduzi-me ao que sempre neguei.
Sentimentos perdem-se no tempo.
Com o tempo deixam de ter sentido...
Mas com o tempo não deixam de existir.
Quero tanto correr para perto do esquecimento.
Não mais fugir sem rumo e de encontro ao mesmo muro.
Quero tanto que me ames e me odeies...
Mas que sintas...
Sintas apenas um pouco...
Se sentires é porque afinal fiz parte de tua vida.
No fundo queria que desaparecesses...
Mas como existes tanto quanto eu...
Nada posso fazer...
Nada consigo fazer...
Deixaste-me assim...
Sem forças...sem entender porquê... Sem vontade de amar nem odiar. Sem alma.